26 de agosto de 2012

Meu Testemunho - Parte 1





Sei que já expliquei quem sou eu aqui no blog. Porém, hoje serei mais detalhista em relação a isso. Hoje darei meu testemunho para vocês. Contarei aqui o que esse DEUS tão incrível fez na minha vida. E sei que ainda fará muito mais.

Desde criança sempre fui muito sentimental. Chorava por qualquer coisa, tudo me feria, por menor que fosse. Qualquer palavra, brincadeirinha e lá estava eu, acabando-me em lágrimas. Além disso, e para piorar, era bastante complexada. Eu vivia um mundo perfeito na minha mente, onde eu criava personagens, que no fundo eram eu, e esses personagens nesse mundinho perfeito eram sempre o centro das atenções, tudo girava em torno deles. Eram sempre vítimas, incompreendidos e belos.


Eu fugia para esse mundo e lá eu era feliz. Era tudo do meu jeito, bem diferente de quando eu tinha de encarar a realidade. Meu pai saiu de casa quando eu era criança, e eu era muito apegada a ele. Fomos criadas, minhas irmãs e eu, por nossa mãe. Nunca fomos muito próximas dos parentes; visitávamos, frequentávamos a casa da minha avó, mas apenas isso. Mais esse fato aumentava minha sentimentalidade. Eu via as avós nos filmes, carinhosas e amigas, e eu nunca tive isso de nenhuma das minhas avós.

Isso tudo me tornava ainda mais sentimental e deprimida. Eu não ficava feliz com a ideia de “Ah, mas meu filho terá uma boa avó, ou ah mas minha mãe me ama e minhas irmãs também, ou ah mas quando eu tiver uma filha ela fará balé”. Não! Se eu não tinha, também não me interessava nenhum pouco que alguém tivesse, ainda que esse alguém tivesse meu sangue. Eu é que tinha que ter! Quanto sentimento.

Fui desprezada pela família, na escola, e em casa sentia-me o patinho feio. O pior de tudo isso é que eu me odiava, e é horrível conviver consigo mesmo dessa maneira. Eu detestava o que via no espelho, não conseguia me amar. Achava-me horrorosa, e aí vinha mais sentimento! E todo o desprezo que eu recebia só aumentava tudo.

Eu já era evangélica, mas era uma esquenta banco. Ia à igreja apenas porque minha mãe ia, muitas vezes me entediava e não via a hora de ir embora. Apesar disso eu lembro muito bem que um dos poucos momentos onde eu tinha paz era quando eu pegava o hinário da igreja e ia para um quarto abandonado nos fundos da minha casa e lá eu cantava como se estivesse em um show rsrs. Ali eu sentia alívio.

Eu amava fazer-me de vítima e chorar, mas honestamente eu lembro que havia sempre comigo uma presença, uma voz, uma coisa boa que discordava do meu comportamento, mas eu não queria ouvir, eu queria sentir. Um dos pontos altos do meu sofrimento foi quando eu fiz algo que eu abomino e considero injustificável. Eu tentei tirar minha vida. 


“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” 

Apocalipse 21:4

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