Sei
que já expliquei quem sou eu aqui no blog. Porém, hoje serei mais detalhista em
relação a isso. Hoje darei meu testemunho para vocês. Contarei aqui o que esse
DEUS tão incrível fez na minha vida. E sei que ainda fará muito mais.
Desde
criança sempre fui muito sentimental. Chorava por qualquer coisa, tudo me
feria, por menor que fosse. Qualquer palavra, brincadeirinha e lá estava eu,
acabando-me em lágrimas. Além disso, e para piorar, era bastante complexada. Eu
vivia um mundo perfeito na minha mente, onde eu criava personagens, que no
fundo eram eu, e esses personagens nesse mundinho perfeito eram sempre o centro
das atenções, tudo girava em torno deles. Eram sempre vítimas, incompreendidos
e belos.
Eu
fugia para esse mundo e lá eu era feliz. Era tudo do meu jeito, bem diferente
de quando eu tinha de encarar a realidade. Meu pai saiu de casa quando eu era
criança, e eu era muito apegada a ele. Fomos criadas, minhas irmãs e eu, por
nossa mãe. Nunca fomos muito próximas dos parentes; visitávamos, frequentávamos
a casa da minha avó, mas apenas isso. Mais esse fato aumentava minha
sentimentalidade. Eu via as avós nos filmes, carinhosas e amigas, e eu nunca
tive isso de nenhuma das minhas avós.
Isso
tudo me tornava ainda mais sentimental e deprimida. Eu não ficava feliz com a ideia
de “Ah, mas meu filho terá uma boa avó, ou ah mas minha mãe me ama e minhas
irmãs também, ou ah mas quando eu tiver uma filha ela fará balé”. Não! Se eu
não tinha, também não me interessava nenhum pouco que alguém tivesse, ainda que
esse alguém tivesse meu sangue. Eu é que tinha que ter! Quanto sentimento.
Fui
desprezada pela família, na escola, e em casa sentia-me o patinho feio. O pior
de tudo isso é que eu me odiava, e é horrível conviver consigo mesmo dessa
maneira. Eu detestava o que via no espelho, não conseguia me amar. Achava-me
horrorosa, e aí vinha mais sentimento! E todo o desprezo que eu recebia só
aumentava tudo.
Eu
já era evangélica, mas era uma esquenta banco. Ia à igreja apenas porque minha mãe
ia, muitas vezes me entediava e não via a hora de ir embora. Apesar disso eu
lembro muito bem que um dos poucos momentos onde eu tinha paz era quando eu
pegava o hinário da igreja e ia para um quarto abandonado nos fundos da minha
casa e lá eu cantava como se estivesse em um show rsrs. Ali eu sentia alívio.
Eu
amava fazer-me de vítima e chorar, mas honestamente eu lembro que havia sempre
comigo uma presença, uma voz, uma coisa boa que discordava do meu
comportamento, mas eu não queria ouvir, eu queria sentir. Um dos pontos altos
do meu sofrimento foi quando eu fiz algo que eu abomino e considero
injustificável. Eu tentei tirar minha vida.
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e
não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras
coisas são passadas.”
Apocalipse 21:4
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