3 de fevereiro de 2013

Inversão de conceitos - Amor próprio x orgulho







Certo dia, ao conversar com uma amiga, observei como muitas vezes o excesso de amor próprio torna-se orgulho, ou melhor, muitas vezes confundimos orgulho com amor próprio.


Conversávamos a respeito do relacionamento dela. Após um término nesse relacionamento, ela conseguiu impor-se diante do ex-namorado, não indo humilhar-se para ele ou ficar lamentando e ouvindo os “sinto muito” das pessoas. Ao invés disso ela seguiu em frente, mesmo com coração doído. Sua atitude trouxe o namorado de volta.

Sua narrativa até deixou-me admirada, imaginando o quanto a atitude dela foi rara e forte. Porém, à medida que ela continuava a falar, percebi que essa era mais uma reação de orgulho do que apenas respeito por si mesma. Como resultado desse orgulho, ela ainda trazia um coração inseguro e desconfiança. 

Ter amor próprio é essencial. Não posso amar outra pessoa mais que a mim mesma. Não posso por a razão do meu existir nas mãos de outra pessoa. Apenas DEUS merece essa confiança absoluta. Afinal, qualquer pessoa nesse mundo é tão ser humano quanto nós. Tão sujeito a erros e falhas quanto qualquer um de nós. Significa dizer que vamos nos ferir se agirmos dessa maneira.

Como disse, ter amor e respeito por você mesma é essencial, mas isso não pode se exceder ao ponto de você machucar as outras pessoas e a si mesma. Nunca aceitar perder uma briga, não reconhecer seus erros, não admiti-los ou se desculpar, ficar dias sem falar com alguém, ignorar as pessoas, sentir-se superior, são alguns sintomas de orgulho; não de amor próprio. E esses sintomas machucarão apenas a você mesma, pois o orgulho terminar por isolar, ou aproximar apenas pessoas tão doentes por dentro quanto você.

O amor próprio nos faz bem. Vemos-nos bonitas e especiais. Amamos-nos, mas ele não nos impede de ter humildade, amar a DEUS primeiramente e as outras pessoas também, e muito menos de procurar ver nas pessoas a alegria que há em nós. O amor próprio alegra. O orgulho sufoca.

Olhe em volta, estuda a si mesma e veja se não tem se excedido e ultrapassado a linha do que realmente é amar a si mesmo.

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